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O céu como patrimônio

  • Patrícia Figueiró Spinelli
  • 12 de mai.
  • 2 min de leitura

Já parou para pensar como a luz pode causar danos de diversas ordens aos seres vivos de nosso planeta?


A poluição luminosa é pouco debatida entre as formas de poluição, porém seus efeitos nocivos são frequentemente percebidos por grande parte da população.


A ausência de escuridão está associada a problemas relacionados à saúde física e mental de residentes de áreas urbanas, alterações nos ecossistemas terrestres, costeiros e marinhos e contribuição para o aumento da poluição atmosférica.


Além disso, o excesso de luz artificial afeta dramaticamente a observação do céu e fere o direito à paisagem, consequências que abalam as áreas de atuação das

instituições e profissionais que executam atividades profissionais e de divulgação em astronomia.


Se pensarmos que o céu é parte integrante da paisagem, ele pode ser considerado um patrimônio natural. Indo além e refletindo sobre como as cosmopercepções de diferentes povos e sociedades surgem a partir de sua observação empírica, o céu foi e continua sendo percebido e interpretado sob diversas perspectivas ao longo da história da humanidade, e portanto, podemos considerá-lo como patrimônio imaterial da humanidade


Estes aspectos foram trabalhados com as participantes (meninas com idades de 10 a 15 anos) da terceira edição do projeto "Meninas no MAST", que coordeno, pois acreditamos --- e eu, em particular defendo amplamente --- que o céu emociona, inspira e produz conhecimento. E você, o que pensa disso?


A Via Láctea como poderia ser vista na cidade do Rio de Janeiro em uma situação livre de poluição luminosa. A imagem é uma criação do artista Thierry Cohen, desenvolvida no âmbito do projeto "Darkened Cities".  Créditos da Imagem: Thierry Cohen.
A Via Láctea como poderia ser vista na cidade do Rio de Janeiro em uma situação livre de poluição luminosa. A imagem é uma criação do artista Thierry Cohen, desenvolvida no âmbito do projeto "Darkened Cities". Créditos da Imagem: Thierry Cohen.

Algumas referências sobre o assunto:


ALVES-BRITO, A. (2024). A RESILIÊNCIA DE CORPOS CELESTES MUSEOLÓGICOS: OS CÉUS COMO PATRIMÔNIOS HISTÓRICOS, CULTURAIS E NATURAIS DA HUMANIDADE. Revista Da Associação Brasileira De Pesquisadores/as Negros/As (ABPN), 18(46). Recuperado de https://abpnrevista.org.br/site/article/view/1824


CHEUNG, Sze-leung (Ed.). Poluição Luminosa. Tradução de Raul Cerveira Lima. Japão: Observatório Astronômico Nacional do Japão/Gabinete da União Astronômica Internacional, 2018, 16p.


DOMINICI, T. P; RANGEL, M.F. Utilizando conceitos de patri-mônio como uma estratégia de proteção do direito à luzdas estrelas. Museologia e Patrimônio, 10 (1), 32, 2017.


DOMINICI, T. Revisitando uma Década de Atividades de Conscientização acerca dos Problemas da Poluição Luminosa no Brasil. In. :6º Encontro de Divulgação de Ciência e Cultura. Unicamp, 2019.


KYBA, Christopher C. M. et al. Citizen scientists report global rapid reductions in the visibility of stars from 2011 to 2022.Science379,265 268(2023).DOI:10.1126/science.abq778


 
 
 

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